Sobre vontade, (in)tolerância, diferenças de valores, submissão ao poder e a capacidade que estados e nacionalismos tem de atrofiar autoexpressão e criatividade. #revoluçãopelaarte
Nesta tira: Infected Mushroom, Radica, Vó Só, Seu Nácio e Massas.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
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6 comentários:
Muiiiito bom!!!
Obrigada, Mami, pelo comentário e por escanear :*
Muito boa lição e muito bons os desenhos, Paola!! Realmente são bem graves, na vida de um indivíduo, as pressões exteriores que lhe fazem mudar sua personalidade ou constrangi-la, o que se torna ainda pior. Daí, concluímos que cada um deveria possuir liberdade, autonomia para viver. Do contrário lhe sobraria a vivência sob uma 'tirania' e, consequentemente, uma vida de restrições e de controle..
Legal demais seu comentário, @Anônimo, de fato eu também acredito que a convivência social é coerção, como diria o Durkheim :P Obrigada pela presença aqui!
Justamente, professora! Quando li esse quadrinho me lembrei muito da perspectiva durkheimiana. Inclusive essa abordagem é muito rica porque 'puxa' consideráveis outras áreas do nosso conhecimento. Um exemplo disso é o próprio embate entre decisão de grupos e decisão individual. Na verdade, um indivíduo pode muito bem evitar seguir o viés de suas preferências, fazendo as escolhas que o grupo no qual está inserido tenha preferido. Assim, ele seria meio que imposto a seguir o sentido do grupo, em detrimento daquilo que mais lhe parecera conveniente. Do contrário ele estaria excluído dele. Em antropologia, lembro-me muito da questão suscitada por Malinowski, por exemplo, em que ele busca expor que a "sociedade selvagem" impõe regras tidas como o que seriam os costumes a serem seguidos e os crimes oriundos da desobediência às regras. Isso entra em concordância com o quadrinho quando a moça Radica comenta que "talvez a coisa mais difícil da vida seja se submeter não só à opinião, mas à vontade dos outros..." Perdões pela abrangência do comentário, mas esse quadrinho foi excelente para que reflitamos como nosso comportamento é influenciado pelo meio a nossa volta e, por conseguinte, como Durkheim estava muito certo ao defender e se sedimentar na ideia daquele posicionamento impositivo que a convivência social exerce sobre os indivíduos.
Oi Pedro, sua reflexão é muito legal! E a ideia de fundo da tira é principalmente o indivíduo oprimido pelo grupo, algo que parece fazer parte das angústias de sociedades ocidentais, mas na visão do Durkheim, como a "solidariedade orgânica" "funde" o "indivíduo" de "grupos selvagens" ao conjunto, talvez a dimensão da angústia não estivesse tão presente neste sentido, a não ser no que diz respeito à anomia em sociedades ocidentais - aí sim, faz todo sentido, em minha opinião. Mas na realidade, pois não temos como avaliar as consciências individuais ou coletivas de "grupos selvagens" específicos, esse pode ser um aspecto eurocêntrico do pensamento durkeimiano. De toda forma é muito bom saber que as tiras estão conseguindo trazer reflexões sobre teoria política e social com essa linguagem lúdica :-) Obrigada pelos comentários! Abs
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